A história mostra que é muito mais fácil começar uma guerra do que terminá-la.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a invasão liderada pelos EUA no Afeganistão em 2001 e no Iraque em 2003. E pode ser o caso da atual invasão da Rússia de Vladimir Putin à Ucrânia.
Um velho axioma diz que o planejamento militar nunca sobrevive ao primeiro contato com o inimigo. Parece ser esse o caso para as forças russas.
Ed Arnold, especialista em segurança europeia do think tank britânico Royal United Services Institute (Rusi), descreve o ataque inicial da Rússia como "mais lento do que o esperado".
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A doutrina militar ensina que, durante uma invasão, o indicado é "avançar com força arrebatadora". Embora a Rússia tenha reunido entre 150 mil e 190 mil soldados na fronteira, não usou todos eles até o momento.
Uma das razões pode ser o cálculo russo de que talvez precise usar o efetivo em fases posteriores da invasão. É normal que o Exército mantenha reservas enquanto ajusta os planos.
Autoridades ocidentais estimam que o ataque inicial envolveu cerca de metade das forças mobilizadas. A operação teve um grau de dificuldade maior por envolver ataques em várias direções.